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domingo, 3 de julho de 2011

Óleos Essenciais



Óleo Essencial de Alecrim

Rosmarinus officinalis

Descrição
O Óleo Essencial de Alecrim há muito é considerada planta sagrada. Cresce naturalmente nos países mediterrâneos. É usado na culinária e como erva medicinal. O óleo é refrescante, estimulante e indicado para a memória, concentração e para aliviar dores de cabeça e dores musculares. Também é excelente tônico para o couro cabeludo e problemas como queda de cabelo e caspa.

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Sobre o Óleo Essencial de Alecrim

O Alecrim é uma das mais antigas e renomadas das ervas medicinais inglesas, apesar de não aparentar ser nativa desse país. Os antigos costumavam usar ramos de Alecrim para espantar maus espíritos e para queimar como incenso. Na França, era tradicionalmente usado para queimar como fumigador em quartos com pacientes. Usavam-no para dar sabor a cerveja e vinhos, era posto em roupas para espantar traças, e até como decoração natalina. Costumeiramente encontrado em jardins de ervas, era usado como condimento. Em medicina, empregavam-no para fortalecer a memória e nervos, e para aquecer o coração. A água de Alecrim foi usada como lavagem facial embelezadora. Foi um dos principais ingredientes da água húngara, que recebeu seu nome por causa da Rainha Elizabeth da Hungria, que usava como loção de rejuvenescimento, lavando seu rosto com ela todos os dias. Tem ainda a reputação de ter sido usada como remédio para a gota e membros paralisados. O Alecrim é um dos ingredientes da água de colônia clássica, que costuma aliviar a dor de cabeça quando esfregada nas têmporas. No século VI, Carlos Magno decretou que o Alecrim deveria ser plantado em todos os jardins do império. O nome do Alecrim em inglês, Rosemary, vem do latim, Rosmarinus, que significa orvalho do mar, pois gosta de água. É uma erva perene muito conhecida, com ramos longos e retos, coroados por folhas longas, pontudas e estreitas de 2,5 cm. Sua cor é verde-escura na parte superior e cinza-prateada na parte de baixo. Atinge 1,8 m de altura e tem flores pequenas de cor azul-pálido. O óleo de Alecrim é claro e tem um sabor morno, nítido e canforáceo que, surpreendentemente, não é muito amargo. Sua semelhança com a cânfora é notável. Mistura-se bem com outras essências frescas, como bergamota e hortelã-pimenta, e dá um óleo de banhos revigorante e refrescante.
Se estiver com fluxos, ferva as folhas em vinagre forte e embeba um pano e ponha-o sobre o ventre, e o fluxo cessará. Se as pernas estão com gota, ferva as folhas em água e tome as folhas e ponha-as num pano sobre as pernas, e isso fará muito bem. Tome as folhas e ferva-as num vinagre forte, ponha-a num pano sobre o estômago, e isso lhe livrará dos males.
Herbal de Banckes
Na virada do século XVIII, o óleo essencial de Alecrim era um preparado oficial. É um óleo yang, muito penetrante, estimulante e não queima como mostarda ou pimenta. Sua natureza estimulante tem levado a que o usem na perda do olfato e na perda da fala, apesar de sua eficácia depender obviamente da causa do estado. Também é recomendado para “olhos apertados” por Culpeper, que diz que “provoca a clareza de visão”. Regido pelo sol, tem um efeito aquecedor e estimulante sobre o coração. Tem efeito semelhante sobre a mente e os nervos, e também tem sido usado tradicionalmente na perda de memória, vertigem e entorpecimento em geral. O óleo de Alecrim é um excelente estimulante dos nervos, e pode ser usado em todo distúrbio em que haja redução ou perda da função nervosa. No caso dos nervos sensoriais, isso pode resultar em diminuição da percepção; no caso dos nervos motores, em paralisia, perda da fala, etc. Também é útil na maioria dos outros distúrbios nervosos, inclusive histeria e epilepsia. O Alecrim é um valioso estimulante em caso de lassidão, fraqueza ou apatia generalizadas, normalizando a pressão baixa. Exerce também ação pronunciada sobre o cérebro, limpa a mente de confusão e dúvida, e é um remédio clássico para desmaios, dor de cabeça e enxaqueca. É um excelente tônico cardíaco, com ação levemente estimulante, sendo bom para distúrbios cardíacos de origem nervosa, tal como palpitações. Também é bom para muitas doenças do fígado, inclusive clorose, hepatite e cirrose, e como colagogo, pode ser usado em colecistite, cálculos biliares e icterícia causada por hepatite ou por bloqueio nos tratos biliares. O óleo essencial de Alecrim ajuda a normalizar o alto índice de colesterol no sangue. Sendo por isso útil contra a arteriosclerose. A ação anti-séptica do Alecrim é especialmente recomendada para infecções intestinais e diarréia. Exerce ação estimulante, antiespasmódica, carminativa e estomacal. Pode ser usado em colite, dispepsia atônica, flatulência e dores de estômago. Como antiespasmódico, o Alecrim pode ser usado em casos de asma e bronquite crônica; como anti-séptico, seu óleo morno é útil contra resfriados, gripe e tosse a estes associada. Estando sob a regência do sol, o Alecrim é muito bom para doenças com emissão; Culpeper comenta que “as folhas secas e picadas, fumadas como tabaco, ajudam aqueles que têm tosse, tuberculose ou consumpção, aquecendo e secando as tênues destilações que causam essas doenças”. Aplicado externamente, o óleo de Alecrim é muito bom para dores reumáticas ou musculares, podendo ser usado como remédio geral contra a gota e o reumatismo. É bom contra piolhos e escabiose, dando um excelente remédio para ferimentos. Os árabes salpicam a erva em pó sobre o cordão umbilical dos recém-nascidos como anti-séptico adstringente. O uso de óleo de Alecrim em problemas do escalpo é tradicional. Estimula e limpa, sendo muito bom contra queda de cabelos ou caspa. Nos cuidados da pele, o Alecrim pode ser usado como tônico-adstringente, especialmente na forma de água aromática.


Óleo Essencial de Lavanda

Lavandula officinalis

Descrição
O Óleo Essencial de Lavanda tem uma fragrância doce e familiar e é um dos óleos mais usados na Aromaterapia. Ajuda a equilibrar o sistema nervoso, a aliviar dores de cabeça e a diminuir a insônia. Também é um excelente anti-séptico, cicatrizante e pode ser usado em queimaduras, feridas, picadas, dermatites e qualquer tipo de inflamação de pele.

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Sobre o Óleo Essencial de Lavanda

A palavra Lavanda vem do latim lavare, "lavar". Foi um dos aromáticos preferidos dos romanos por causa de suas atividades balneárias. Eles devem ter introduzido a planta na Inglaterra, e desde então ela tem sido a grande favorita das mulheres. É muito usado como água de colônia, e é o principal ingrediente de muitos pot-pourris e saches. O óleo essencial de Lavanda, era usada antigamente para espalhar pelo chão das casas e igrejas em ocasiões festivas, tendo sido muito popular em águas de toalete e vinagre. A Lavanda é cultivada em muitos países europeus, mas o principal produtor é a França. Produz-se um óleo essencial de boa qualidade na Tasmânia. Embora seja muito conhecido pelo nome, o óleo essencial de Lavanda ingles é produzido em uma escala muito reduzida, principalmente em Norfolk, e tem um odor nitidamente canforáceo. A Lavanda inglesa original costumava ser cultivada em Mitcham, Surrey. O odor limpo e fresco da Lavanda não precisa de descrição, tampouco sua planta. A essência é muito usada em perfumaria, especialmente em águas de colônia, tendo ainda um odor extremamente popular. O óleo essencial de Lavanda é límpido e tem um sabor amargo, mais ou menos suave. Ele combina bem com um grande número de óleos essenciais, principalmente com os de gerânio, ylang ylang, laranja e bergamota , acrescentando uma leve suavidade floral a quase toda mistura.
Mercúrio é o regente desta erva. Ela é usada especialmente em dores de cabeça e do cérebro, originadas de friagem, apoplexia, deficiência respiratória, hidropisia ou doença da preguiça, cãibras, convulsões, paralisias e desmaios freqüentes. Ela fortalece o estômago e livra o fígado e o baço das obstruções, incentiva os fluxos das mulheres e expele a criança morta e as secundinas. As flores, se de molho em vinho, ajudam a regularizar as águas paradas ou atravancadas com gases ou cólicas, se a região for banhada com elas... Duas colheradas da água destilada das flores ajudam os que perderam a voz, têm tremores e paixões do coração, bem como a lipotimia e a síncope, quando aplicadas sobre as têmporas ou aspiradas pelas narinas.
Nicholas Culpeper.
O óleo essencial de Lavanda costuma ser considerado como a essência mais útil e versátil para fins terapêuticos. Suas propriedades mostram um perfeito equilíbrio entre yin e yang, e nesse contexto ele é virtualmente neutro. Tem uma ação tônica e sedativa sobre o coração (histeria, tensão nervosa, palpitações) e diminui a pressão alta do sangue. A Lavanda é um suave analgésico local e acalma a excitabilidade cérebro-espinhal, é famosa por suas propriedades neurossedativas e tem se mostrado valiosa em uma série de distúrbios nervosos e psicológicos, incluindo depressão, insônia, enxaqueca, histeria, tensão nervosa e paralisia. Como uma analgésica e sedativa, é muito boa para dor de cabeça e enxaqueca. A Lavanda é diferente do gerânio, com qualidade predominantemente normalizante, não yin ou yang, de onde sua considerável versatilidade. Pode ser usada na epilepsia, convulsões, catalepsia e outras condições nervosas causadas por um grave desequilíbrio de yin e yang. É um tônico cardíaco e acalma os nervos do coração. Os “Tremores e Paixões do Coração” de Culpeper, descreve muito bem a classe de estado mental para a qual a Lavanda é indicada: palpitação, tremores, irritabilidade, lipotimia, pânico, histeria (antes a pessoa decide uma coisa, depois decide-se firmemente pelo contrário). Grieve menciona o uso da tintura de Lavanda para delírios e depressão mental. A Lavanda pode ser usada sempre que há fortes sintomas mentais, com um quadro de contínuas mudanças de um extremo a outro, como no estado maníaco-depressivo. Ela é muito boa para exaustão nervosa. Embora não seja realmente antiinflamatória, a Lavanda costuma ser útil em casos de inflamação, daí seu uso em queimaduras, dermatites, eczema, psoríase, conjuntivite, cistite, diarréia, laringite e semelhantes. Na maioria dessas condições, suas propriedades anti-sépticas também são valiosas. É boa para emissões catarrais (leucorréia, bronquite, etc) e é também um analgésico suave, acentuando, seu valor na maioria das condições acima. É boa em dificuldades e dores reumáticas e musculares, e é ingrediente eficaz de óleo de massagem, especialmente para atletas e esportistas. A Lavanda é um bom antiespasmódico (asma, bronquite), carminativo e estomacal (cólica, náusea, vômito, flatulência, dispepsia), especialmente quando essas condições estão associadas com problemas nervosos e emocionais. Ela aumenta a secreção gástrica e motilidade intestinal. Suas propriedades anti-sépticas são especialmente úteis no combate à halitose, sendo um excelente anti-séptico da pele. Pode ser usada em qualquer estado da pele (dermatite, eczema, acne, psoríase, etc.), sendo também eficaz contra determinados parasitas da pele (piolho, sarna). Tem se mostrado um remédio eficaz para alguns casos de alopecia areata (calvície temporária), especialmente quando associada com problemas nervosos. Pode ser usada beneficamente em qualquer tipo de pele (oleosa, seca, sensível, acnéica) embora pareça trabalhar melhor em combinação com outros óleos essenciais. É um excelente citofilático (regeneração das células da pele), e assim pode ser considerado como um agente rejuvenescedor da pele. Essa qualidade também explica porque o óleo essencial de Lavanda é provavelmente o mais eficaz para queimaduras. É um desodorante agradável e eficiente. Como anti-séptico-antiflogístico-cicatrizante, a lavanda é um dos melhores óleos para se usar sobre feridas inflamadas e infectadas e sobre úlceras. O Dr. Valnet recomenda seu uso em úlceras sifilíticas, feridas gangrenosas e fístulas anais. Como anti-séptico, a Lavanda pode ser usada para a maioria das infecções da garganta e freqüentemente é usada na gripe. Como anti-séptico-diurético, é muito boa para cistite, especialmente a associada com friagem ou resfriados. É indicada quando há uma situação anômala de baixa excreção urinária. O óleo essencial de Lavanda é um excelente remédio para insolação e, preparado como óleo de massagem, pode ajudar a evitar queimaduras. Contudo, não é um filtro solar ou protetor eficiente, e não é suficiente para banhos de luz solar muito intensa. A Lavanda é boa para lesões ulcerosas da córnea. Ela produz hipotensão arterial e diminui a tensão sanguínea superficial. É um sedativo do sistema nervoso central e inibe a atividade motora espontânea. Inibe a tuberculose micro bacteriana, estafilococos, gonococos, bacilo de Löeffler (difteria), bacilo de Erberth (tifóide); o vapor de óleo de Lavanda destrói pneumococos e estreptococos hemolíticos no espaço de doze a vinte e quatro horas. Ele tem uma baixíssima toxicidade. É um remédio eficaz para crianças, especialmente tratando-se de cólicas, excitamento nervoso, irritabilidade, debilidade geral, afecções cutâneas e infecções em geral.
É reconhecidamente bom para coqueluche, mas não tenho conhecimento de nenhum caso em que tenha sido usado em crianças com essa condição. A Lavanda é particularmente útil para infecções do ouvido, nariz e garganta, sendo usada como alternativa da camomila em otites infantis. O óleo de Lavanda é útil em diversos procedimentos durante o parto. Ele propicia um parto rápido sem aumentar a severidade das contrações. Ajuda a acalmar a mãe e, como água aromática, pode ser usado como compressa refrescante para a cabeça. Pode ser usado como óleo de massagem para a parte inferior das costas (o que também diminui as dores) e em compressa quente sobre o abdome. Também ajuda a expelir as secundinas. Algumas gotas sobre uma fonte de calor refrescam e purificam o ar. Como emenagoga, a Lavanda é boa na escassez menstrual e pode ser usada contra as cólicas. É um excelente remédio para leucorréia, usado em duchas vaginais. Usado externamente, é um dos mais eficazes óleos para estimular a leucocitose. A Lavanda deve ser considerada sempre que haja infecção, espasmo, inflamação ou distúrbio nervoso ou emocional. Embora diversos herboristas tenham se referido à toxidade do óleo essencial de Lavanda, na verdade ele é o menos tóxico de todos os óleos essencias, até menos do que o óleo de camomila. Os efeitos da Lavanda são normalmente enfatizados pela mistura com outros óleos. Quando usar a Lavanda em situações inflamatórias, use apenas baixas concentrações (menos de 1%). Em altas concentrações, ela tem um efeito estimulante sobre a circulação. Quando usado para dores musculares, torceduras e entorses, dores reumáticas, etc., use de 2% a 4%. Quando usá-la em feridas inflamadas, úlceras e estados de pele ou inflamações similares pode ser melhor misturá-la com camomila. O banho de Lavanda é refrescante, relaxante e, conforme o caso, quase sempre terapêutico. Aquece o coração, estabiliza as emoções e se constitui em um excelente banho para os que têm dificuldade para dormir. A Lavanda é, de muitos modos, semelhante à camomila, mas é menos tóxica e mais neutra, enquanto a camomila é mais yin. Um banho aromático ou escalda-pé com óleo essencial de Lavanda é muito bom para aliviar a fadiga física ou nervosa. O óleo de Lavanda é um remédio muito eficiente para picadas e ferroadas de insetos, particularmente as de abelha, vespa, borrachudo e mosquito, e é igualmente eficaz contra queimadura de urtiga. Esfregue diretamente sobre a ferroada ou picada.

Óleo Essencial de Tea Tree

Melaleuca alternifolia

Descrição
O Óleo Essencial de Tea Tree é extraído das folhas da árvore. É um excelente germicida e fungicida, tendo inúmeras aplicações tais como: resfriados, gripes, herpes, pé de atleta, candidíase, verrugas e qualquer tipo de infecção cutânea.

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Sobre o Óleo Essencial de Tea Tree

As propriedades medicinais do óleo essencial de Tea Tree são conhecidas por centenas de anos pela tribo australiana de aborígines Bundialung. Eles tratavam muitas afecções com macerados das folhas da árvore e costumavam nadar na lagoa onde as folhas caídas haviam tornado a água um banho terapêutico. O Tea Tree passou a ser conhecido no ocidente a partir da expedição do capitão James Cook, que em 1770 aportou na baía de Botany na Austrália, e observou os aborígenes fazerem chá com as folhas de uma árvore, usada com finalidades medicinais. O botânico da expedição, Joseph Banks, coletou amostras das folhas de diferentes espécies de melaleucas usadas neste chá nativo, e acabou por dar-lhes o nome de “Tea Tree” ou “árvores de chá”. Em 1920, o Dr. A. R. Penefold, um químico do governo em Sidney, Austrália, recebeu o crédito pelo início da pesquisa clínica em seres humanos e documentação dos diversos benefícios associados com o óleo de Tea Tree. Seus estudos determinaram que o óleo de Tea Tree possuía um potencial cerca de 11 a 13 vezes mais poderoso do que o ácido carbólico (fenol) para matar bactérias e fungos, contudo não queimando a pele apesar disso. Os resultados de suas pesquisas foram além das expectativas. O óleo de Tea Tree veio a ser tão valorizado pelo governo australiano que, durante a Segunda Guerra Mundial, todos envolvidos na produção e fornecimento deste óleo foram dispensados do serviço militar com o objetivo de suprirem a demanda dos soldados britânicos e australianos nas frentes de batalha. O óleo entrou na maleta de primeiros socorros de todos os soldados, e era chamado de “kit medicinal engarrafado”. A utilização de todo o óleo produzido pelas destilarias pelo governo, resultou no seu desaparecimento no mercado, e aliado ao surgimento de novas drogas durante e após a segunda guerra, ele passou a ser cada vez menos utilizado pelas pessoas, até que entre 1960 e 1970, com o advento de uma nova geração mais voltada para a medicina alternativa e produtos naturais, o óleo de Tea Tree reviveu novamente ganhando outra vez popularidade. A partir daí, cientistas de várias partes do mundo começaram a desenvolver novos testes com o óleo e comprovar ainda mais sua eficácia já há muito conhecida. Dentre os diversos tipos de usos que o óleo possui, podemos dizer que o mais interessante é na eliminação de bactérias causadoras de infecções. Pesquisadores australianos demonstraram uma ação rápida em vitro, de menos de uma hora sobre todas as bactérias das colônias estudadas, em diluições que variavam de 0,5% até 1,25% conforme o tipo de microorganismo. Eles estudaram a ação do Tea Tree sobre um tipo de “supermicróbio”, comumente resistente à meticilina ou MRSA, o Staphylococcus aureus, uma bactéria hospitalar que não responde a antibióticos e mata pacientes em todo o mundo. Descobriram que apenas uma pequena quantidade do óleo de Tea Tree (uma concentração de 0.25%, equivalente a 5 gotas em 100 ml água), foi suficiente para inibir o crescimento bacteriano; com o dobro da dosagem (0.5%), ele mata esta bactéria. Desta forma, não só o uso do Tea Tree na eliminação de infecções é válida, mas também seu uso na purificação de água e alimentos (como alternativa ao cloro) e no ar (em difusores ou ar condicionado) encontra grande valia. Uma das vantagens de se recomendar o óleo essencial de Tea Tree como antiséptico, é que é impossível para um micróbio infeccioso criar resistência a ele. O óleo possui uma complexidade química tão grande, com mais de 100 componentes, que uma bactéria não consegue modificar seu sistema enzimático para lidar com isso. Esta é hoje uma das grandes vantagens do uso do Tea Tree em substituição aos antibióticos convencionais, que a cada dia perdem mais ação pelo fato dos micróbios estarem desenvolvendo resistência a seus efeitos, exigindo assim o uso de drogas cada vez mais fortes e prejudiciais. Num estudo do Departamento de Pesquisa do Colégio Nacional de Quiropraxia, EUA, foi constatado que o Tea Tree age como antiséptico de duas maneiras, através de uma ação direta sobre os microorganismos, e segundo através de um processo de ativação dos glóbulos brancos no processo de defesa do corpo. Sendo assim, podemos considerar que ele possui propriedades imunoestimulantes, o que o torna uma alternativa formidável para pacientes com baixa resistência e/ou doenças que fragilizam sua imunologia e permitem o aparecimento de doenças inoportunas. Nós temos tido formidáveis resultados do óleo essencial de Tea Tree no tratamento de infecções e processos inflamatórios. De tudo que conhecemos, nunca vimos nada tão rápido para tratamento de cistites, por exemplo. Ele tem apresentado em nossos estudos excelentes resultados, mesmo naqueles casos em que os antibióticos mais usados falharam. Pesquisas feitas em maio de 2000 por 4 cientistas (Mikus J., Harkenthal M., Steverding D., Reichling J.) demonstraram uma toxidade 1.000 vezes maior do óleo de Tea Tree sobre o protozoário Trypanosoma brucei (causador da doença do sono) do que para as células humanas.
Árvore de origem australiana de onde é extraído o óleo essencial com características anti-sépticas incríveis. É também precioso para tratar infecções causadas por fungos e bactérias.
Patricia Davis
Eles encontram também bons resultados contra Leishmania major (causador da Leishmaniose). Isto sugere a possibilidade do uso interno do óleo essencial de Tea Tree no tratamento destes parasitas, assim como a possibilidade de bons resultados sobre um parente próximo do T. brucei, o Trypanosoma cruzi, que causa a “Doença de Chagas”. Testes feitos pelo departamento de medicina experimental, na Itália demonstraram que uma solução num teor mínimo de 0,5% do óleo de Tea Tree é eficaz contra um largo número de fungos e micoses de pele (pé de atleta, frieiras, etc). Hoje o Tea Tree é considerado um recurso valioso dentro da odontologia no tratamento de doenças bucais e na prevenção da cárie. Pesquisadores brasileiros da Escola Dentária de Piracicaba (via UNICAMP), demonstraram ser o óleo essencial de Tea Tree mais eficaz que a clorexidina e o óleo de alho no combate a bactérias bucais. Apesar de todos os três mostrarem atividade antimicrobial sobre Streptococci mutans, agente causador de cáries, somente o Tea Tree apresentou resultados nos outros tipos de bactérias. A clorexidina é em geral indicada para a redução da flora microbiana, sendo utilizada em produtos para desinfecção das mãos, tratamento de infecções na área bucal, genital e da pele. Sendo o Tea Tree de ação mais ampla que esta substância, o seu uso em soluções alcoólicas ou em gel para assepsia e tratamento dos problemas citados é uma alternativa de grande valia. No tratamento da candidíase (Candida albicans) o Tea Tree é infalível. Experiências da Universidade de Hacettepe, Turquia, demostraram ser ele eficaz não só sobre a candidíase normal, mas também sobre a candidíase resistente aos medicamentos usualmente utilizados como a fluconazola. Hoje a candidíase é um problema que ataca um grande número de pessoas, e uma das formas mais comuns tem sido a vaginal, que ocasiona coceiras e desconfortos. Outros estudos da Escola Médica da Universidade de Wayne, EUA, demonstraram em pesquisa similar um potencial do Tea Tree no tratamento da candidíase orofaringeal refratária à fluconazola em pacientes com AIDS. O herpes labial (Herpes simplex) é outro problema tratável com o óleo de Tea Tree em diluições de 6%. O uso veterinário do Tea Tree é outra alternativa de valor. Ele demonstrou grande eficiência numa pesquisa alemã na eliminação de diferentes tipos de microorganismos (ex. Malassezia pachydermatis) causadores de dermatite seborréica e micoses, especialmente em cães e gatos. O Tea Tree apresenta também bons resultados em caspa, queda de cabelo e seborréia, eliminando a maior parte das bactérias e fungos que vêm associados com estes problemas como Pityrosporum ovale e Trichophyton sp. Já existem no mercado shampoos de Tea Tree empregados no tratamento de piolhos, o que dá excelentes resultados. Diluições de cerca de 5% mostraram-se muito úteis para isso e sem efeitos adversos. O Tea Tree também demonstrou bons resultados em inflamações do ouvido (otite). Pesquisas mostram um excelente resultado com este óleo, principalmente quando casado com óleo essencial de cipreste (Cupressus sempervirens) e/ou tomilho (Thymus vulgaris timol), no tratamento de inflamações (acne, abcessos e furúnculos), sendo para estes problemas utilizado puro no local ou diluído em álcool ou gel. Apesar do óleo essencial de Tea Tree nem sempre ser indicado internamente em muitas literaturas, ele apresenta excelentes resultados através de poucas gotas na água para se tomar, principalmente na solução de infecções. Mas, recomendamos que seu uso seja feito sob a orientação adequada de um aromaterapeuta que tenha conhecimento sobre as dosagens no uso interno de óleos essenciais. No caso de alergia ou mal estar, suspenda imediatamente seu uso. O uso excessivo de Tea Tree, principalmente internamente pode ser tóxico, mas se utilizado adequadamente traz resultados sem fazer nenhum mal. Alguns animais como aves, são muito sensíveis ao óleo, que deve ser usado sempre muito bem diluído para evitar alergias nos mesmos. Não seria recomendado o uso interno em grávidas (apesar de não ser abortivo), a não ser em casos de extrema necessidade, mas sob acompanhamento terapêutico ou médico adequado. Traz sensação de clareza, limpeza e purificação. O óleo essencial de Tea Tree é usado principalmente para resolver problemas como unha preta, com micoses, descamando ou encravada, pé de atleta (1 a 2 gotas 2 vezes ao dia no local por 1-2 meses) e se associado meio a meio com o óleo essencial de cravo obtém-se resultados ainda melhores; sinusite infecciosa (inalações 3-6 gotas), garganta inflamada, laringite e amidalite (1-2 gotas num copo com água para gargarejo); caspa, seborréia (cerca de 25-40 gotas para cada 100 ml de shampoo, lavar e deixar no cabelo por pelo menos 3 minutos); impetigo, ptiríase, psoríase, candidíase ou tricomoníase vaginal, coceira genital e nas virilhas, líquen (gel 0,5-2% uso local ou 3 gotas em 100 ml de água passando com algodão na área); herpes ou sapinho (puro no local); cistite, infecções em geral, candidíase reincidente, enterite, etc (2-3 gotas 3 vezes ao dia em uma colher de sopa de água internamente, por cerca de 1 semana).


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